sexta-feira, 16 de abril de 2010

Corrida ao psiquiatra

Histeria. Gritos esganiçados arranham a garganta.
Gritos de dor? Ódio. Desabafo.
Gritos estridentes que perturbam.
Ela cai de joelhos no jardim do Solo Sagrado.
A respiração entrecortada.
Ela está bem?

Algumas coisas não se explicam, mas os motivos estão ali disponíveis.
Rasteje pelo chão sem enxergar verdades.
Quer brincar de sofrer?
Fique com a chantagem e o choro, eu cuido do desgaste mental.
Quer apostar corrida até o psiquiatra?

Lidar com doentes. Medrosos. Manipuladores. Chantagistas. Falsos. Mentirosos.
Sim, sou parte disso e aprendi como funciona o jogo.
No meu estilo próprio, introspecção.

Trancas nas janelas, excesso de proteção na porta.
- Diga que está viajando.
- Ele é babaca!
- O que eu fiz pra ela?
Duas famílias em uma. Coquetel de remédios não daria jeito nisso.

Sarcasmo. Um tiro daria?

Eu sou má como você é. Não existem vítimas, você sabe.
Enfrente suas condenações. Ruja como um leão. Será que consegue?
Ou sacuda a cabeça num ritmo. Eu. rock. Você, MPB? Acho que não te conheço.
É melhor fingir que nada acontece. Por isso existem as festas, a bebida, o sexo, as compras.
Mas as lembranças vão e voltam. Assombram pelo resto da vida. Levantam de seus túmulos e perseguem. Enlouquecem!

Bater de frente, talvez nunca aconteça. Jamais vamos saber como foi que começou.
Existe perdão?
Primeiro perdoe a si mesmo.
Você sabe que pecou?

Não existem explicações, pois nunca recebi explicação.
A cada alguns anos vou sumir, vamos brigar por atenção, depois tudo volta ao normal...
Por um tempo...
Talvez nunca saiba o que escondo. Talvez nunca me conheça. Talvez não se surpreenda.

Talvez nunca tenha sua chance de mudar o passado.
Não tentamos realmente, ambas apenas fingiram.
É fácil criar uma relação falsa, mais fácil destruí-la.
Eu vou escrever, escrever, escrever, pois não sei me expressar.
Me cobrir e permanecer imóvel no escuro.
E você, o que pretende fazer?
Inventar mentiras a si mesmo?
Criar um exército para despedaçar um coração?
Festejar! Festejar! E dançar...

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

De pai pra filhos e descendentes...

Assuma seus erros, não culpe os outros.
Não é irônia do destino
Se a vida é uma merda.
Parabéns a culpa sua.

Eles abandonaram a escola.
Roubos mais drogas.

Ele cometeu erros e nunca demonstrou arrependimento.
Ele destruiu vidas e escondeu suas feridas.
Ele cresceu e enriqueceu, ignorou parte de si.
E nunca demonstrou amor.

Hoje ele debocha de todos, o senhor todo poderoso.
Mas nas noites, após sexo convencional, fragmentos de uma vida perdida invadem sua mente.
E lá estão todas as suas desgraças.
E no rosto da criança que cresceu sem dar orgulho, ele vê seus erros.

Ele dá risadas e conta histórias engraçadas.
O palhaço de circo.

Por outro lado...
Agressividade. Todos temem você. É feliz por isso?
Todos fogem de você. É feliz por isso?
Magoas e vazio.
Um buraco jamais preenchido, uma ferida que nunca cicatrizara.

Tudo deu errado.
O dinheiro nunca substituiu o amor, mas ele utiliza do mesmo para se sentir melhor.
Ele não consegue demonstrar sentimentos. Aprendeu o que é isso?
Ele tem sua puta e a permite reinar.
Ele permite que ela humilhe a criança rotulada como filha de vagabunda.
Seu próprio sangue.
Ele permite que ela humilhe a criança rotulada como abandonada.
Seu próprio sangue.

Ele não assume os erros a si mesmo.


10 jan 2010

domingo, 13 de dezembro de 2009

Depois do prazer

Ela se despedi da noite para a inconsciência.
Será que pensa em seus atos antes de dormir?
Pensa na criatura que já derramou lágrimas por você?
Pensa na criatura que deita na cama todas as noites enquanto você está na promiscuidade?
Ela queria sua companhia...
Ela quer férias da vida que leva e você apenas deita na cama sasciada pelo prazer pós sexo...
Esquece o mundo que criou e largou...

Quantos namorados você tem?

Só lembra dos filhos quando a cachaça atinge o cérebro?

Ela deita na cama pelada e suada ao lado de um cretino (ou dois, ou três)
Em outro lugar alguém queria a mãe por perto...
Em outro lugar alguém assiste tudo isso e não tem o que fazer...

Ela precisa de um susto para perceber o muito que tem...
Ela precisa de um susto pra perceber o mundo que criou...
Ela precisa de um susto pra perceber que uma já se perdeu...

Alguém quis testar a lei de limites...
Alguém quis brincar de se suicidar...
Se eu fizesse isso ela ia notar o que perdeu?
Se eu fizesse isso ela ia perceber que tem uma tragédia para evitar?
Ela ia dar valor a quem ainda está lá?
Nove comprimidos de anti-depressivo, eu quis brincar de me suicidar...
Apenas para assustar!

Será que assim vai valorizar quem ainda te ama?

Sou eu que vou escolher sua casa de repouso e ali te abandonar...
Mas não se preocupe, tenho certeza que seus machos vão suprir minha falta quando você estiver velhinha...
Já pensou nisso?

Consegue dormir tranquila todas as noites sabendo da existência desse mundo que criou?
Você já perdeu uma filha...
Pode perder outra...


Alter-ego: Isabel Forti, 01:33h

domingo, 6 de dezembro de 2009

Presente, passado... Cretinos!

Queimei as sandálias! De volta ao tênis.
Parei de tentar acompanhar os outros para ser aceita.
Não vou a praia. Larguei a chapinha.
Coloquei gasolina no blush, pó compacto e massa corrida.
Risquei o fósforo.
Admirei o fogo queimar...

De volta as correntes e rebites!
Que saudade...
Blusa amarrada na cintura, embora nem sinta tanto frio aqui.
Paulistana! Velhos hábitos...
Abracei-os como o ursinho da infância encontrado anos depois no fundo do armário.
Cabelos muito escuros, azulados ao sol, ressaltados na pele branca, reforçado ao deliniador nos olhos.
Dane-se o aspecto Mortícia...

Já fui cretina! A típica filha da puta que não mede palavras.
Passa por cima dos outros, displicente ao sentimento alheio.
Precisei me encontrar com o diabo para me reconhecer...
Mas sempre camuflei tudo muito bem.
Sentimentos, arrependimentos...
Transferia minha culpa aos outros.
Eu era ótima nisso!
Talvez só quisesse ser aceita por outros tão cretinos quanto fui...
Mas antes disso acontecer... Me ferrei!
Condenada por minha personalidade, manipulada por mim mesma.
Queria o reconhecimento deles...
Mas apenas o diabo se alegrou em minha companhia.
Me quis e manipulou.

Mas a relação morreu ao longo dos anos.
Ele não ia me absorver!
Queria me possuir, apenas para si.
Exterminava pessoas que entravam em meu caminho.
Monopolizava-me.
Ele perplexo, ainda não entende o que aconteceu.
Cansei das brincadeiras!
Chorei perdendo forças.
Perpendo a pouca essência realmente minha, aquela que criara com a vida.
Aquela não lapidada pelos próximos.
O experimento da perfeição!
Arruinado.
Falha! Desapontei todos a minha volta.
Capeta e escultores fitavam-me desapontados.

De vez em quando o mau ainda aparece para me dar oi...
Os olhos tristes. Abatido.
Como se só ao meu lado o império estivesse formado.
Como se só assim ele conseguisse governar.
Como se precisasse de mim pra sorrir.
Um cachorro indefeso nas patas traseiras.
Me vê feliz e derrama lágrimas.
Perdeu sua vítima!
Sim, eu acho graça.
Tão confiante em si mesmo, auto-suficiente, imponente.
Superior!
Eu conhecia sua arte de manipulação.
Ah! Passado cretino! Mas graças a ele me desvencilhei.
Implorei aceitação.
Mas ela só veio quando não ligava mais para as coisas.
Quando recomecei esperando o fracasso.
Sem muitas esperanças...
Ela me deu força para me reerguer.
As melhores pessoas.
Talvez as únicas que importem agora...
Aquelas que me fazem feliz...
Me permitem aproveitar a vida.
Porque já chutei o pau da barraca, rindo do caos gerado dentro dela.
Rindo dos desesperados que não esperavam que acontecesse.
Ou não esperavam nessas proporções.
Rindo de quem nunca me aceitou.
Ainda grito. Xingo. Digo tudo o que penso.
Magoa quem magoar. Falsos inocentes...
Não faz bem guardar sentimentos, ressentimentos...
Sinto muito. Não volto mais atrás. Não consigo!
Não sou santa, ao contrário do que muitos pensaram.
Palavras frias. Com um leve remorso camuflado.
Também sou humana. E mesmo machucada, não gosto de machucar quem fez isso comigo.
Mas é preciso...
Porém nunca mais gratuitamente, magoando inocentes.
Vejo pessoa inclinando a cabeça para o lado dizendo NÃO FAÇA ISSO.
Perplexas ao monstro que surgiu.
Sinto muito...
Olhe dentro de você...Reflita sobre motivos...
Sabe que não pode pedir que eu me cale! Não pode criticar meu comportamento.
Diabo, desculpe te desapontar...



Está sozinho agora.



Sem data, sem hora, sem nada.

Mal entendido

Pulseiras coloridas, óculos estilo Lady Gaga.
De preto da cabeça aos pés.
As pessoas olham curiosas, assustadas...
Mancha colorida na barriga
Quer ver minha capetinha?

Louca? Psicopata? Depressiva?
Já foi ao psiquiatra?
Toma remédios?
Observada nos corredores...
Ela chama atenção?

O que sabe sobre minha vida?
Opiniões absurdas!
O que conhece sobre a vida? Sua vida! E mundo?

Engravide!
Sinta como é engolir uma melancia por inteiro...
E carregá-la.
E depois me conte como é expeli-la...
Não me julgue por não querer ter filhos.
Você não conhece nada sobre mim.

Psicopata?
Vomito opiniões, sem filtro...
Escrevo terror...
Exorcizo-me no papel...
E você que camufla a maldade contida em si?
Mais um "modelinho" de uma sociedade programada a ser normal...
Esconde o que é, se poda para passar despercebido aos outros...

Puto! Seja invisível e vão te ridicularizar.
Desperte atenção e a inveja logo virá.
Seja espontânea e vadia aos olhos dos que perdem tempo com você.
Depois é só se acostumar...

Um segredo. Sempre haverá alguém para te notar.

Um dia você não pode assassinar alguém?

Fica excitado com filmes sanguinários?
Ri, sente prazer com a dor do personagem.
Parabéns! Você é sádico.
E eu sou a futura assassina. ¬¬

Chances de matar?
Não? Você gosta do que escrevo, pede continuação...
Você gosta dos assassinatos ou apenas vê em minhas obras o que deseja fazer?
Eu brinco com papel e caneta...
E você? Sentimendos contidos no imaginário?
Sentimentos acorrentados.

Queira que essa corrente não arrebente.

E eu sou a futura assassina. ¬¬

Personalidade psicótica?
Tem medo de matar? Ou de morrer?

Talvez a diaba que se liberta em textos seja inofensiva. E você?
Talvez a insensível que não quer ter filhos, só queira poupar o sofrimento.
Talvez a louca tenha mais conhecimento sobre si do que qualquer outro que tente interpretá-la.

Por favor não tentem...
Não esperem assassinatos ou suicídios.
Putos malditos! Não esperem que eu lhes presenteie com a razão.
Não esperem que eu lhes proporcione o prazer.

02/12/2009 - Ouvindo Telephone, Lady Gaga

Bafo pútrido

Você já dilacerou minha alma
Não importa o que diz
Já não choro mais
Eu te odeio e fique feliz
Ainda existe sentimento...

Você pode me xingar
Dizer que Deus não gosta de mim
E se surpreender quando eu gritar em sua cara que não acredito Nele.
Fique chocada mamãe!
Me denuncie por agressão como sempre quis
Como sempre diz que vai fazer quando enche a cara

Rata de esgoto!
Bafo pútrido alcoólico

Eu queria te ver apodrecer numa casa de repouso
Lá não iam te deixam beber
Eu queria te ver implorar
Eu queria te ver ameaçar
Eu queria te ver agredir
e chorar, chorar
Queria te ver blasfemar
Queria te ver infernizar...
Nada me feri mais
Apenas esse bafo pútrido de Bacardi, Coca-Cola e cerveja me faz chorar
Além de me enjoar...

Você não veio para me salvar
Veio me infernizar
Enfie o gargalo no rabo
Tudo que você fez foi esquecido
As lembraças boas se vão quando você se transforma.

Eu queria te ver queimar
O líquido inflamável? O Bacardi
Morrer pelo vício
Eu queria te ver afogar numa piscina de Cuba-Libre
Você ia gostar?

Não posso controlar ou jogar fora...
Você descobriu meu segredo
Descobriu que eu alterava a bebida
Descobriu que eu jogava litros e litros fora sem se importar com o dinheiro gasto

Dane-se, continuaria jogando
Trezentos, Quatrocentros reais em litros desperdiçados
Eu não ligo!
Seria seu dinheiro mal aproveitado jogado no lixo

Esse é seu único divertimento?
Dane-se! Procure outros.
É assim, porque você quis
Você escolheu.
Não tenho pena
Os bêbados que te entendam, eu não.
Mães bêbadas, filhos bêbados, é assim que tem que ser...
Pelo menos não sou sua cria...
O mal não me atinge.
Não sou cria de ninguém.

07/12/2009 às 00:23 - Ouvindo Tik Tok, Kesha

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Saudade de longe de casa

O que adianta viver feliz longe de você se todas as noites vêm me cobrar por isso...
Seria melhor se fosse como imaginou?
Eu contaria os dias de vida que me restam e você permaneceria indiferente ao que sinto.
Você mataria meu espírito e sua vida continuaria limitada.
Talvez nunca saiba o que é felicidade...
Quer companhia e rejeita o calor humano...

A boneca sem vida não existe mais.
Ela se foi como todo mundo vai um dia...
Os filhos crescem, ingratos partem para uma nova vida.
Eu não sou sua companhia!
Também sou mais esperta, não vou ter filhos!
O que vou ganhar me sacrificando pelos outros?
Talvez descobrir que sou mais bonita do que pensei um dia...
Perceber que posso arriscar vez ou outra e ter bons resultados.
Descobrir que não sou puta por beijar alguém e que não mereço a fogueira ao manter um relacionamento que não te agrada.
Descobrir que nem sempre os mais velhos são sábios...
E que parte da vida foi perdida.

Casamento? Não obrigada.
Assinar papéis não significa estabilidade, amor e certeza de felizes para sempre.
Ser feliz da maneira errada. Sua maneira errada. Talvez a minha certa.

Eu não vou fazer filhos, vou fazer sexo...
Sentir prazer e admitir...
Você com certeza fez apenas filhos, não é verdade? A vida inteira apenas isso, não é verdade?

Saudade de longe de casa...

E é nas longas madrugadas obscuras e calmas que descubro o porque de toda essa mutação em minha personalidade.
Nunca fico em casa e quando estou não tenho direito de ir e vir.
Eu te odeio? Não sei, mas esse é o sentimento mais próximo do amor.
É quando você grita no meio da noite que percebo o porque de estar assim.
Não precisava disso, mas assim encontrei espontaneidade...

Não existe mais timidez, tenho auto-estima e roupas legais, amigos que realmente amo, mente aberta...
Crítica e radical, desprezando valores antigos, esses que destruíram o que eu sempre poderia ter sido.
Partes dos valores ensinados matei em mim.

Valores distorcidos?
Eu diria espontâneidade. Sem filtros, mas dane-se.

Sexo é gostoso, todos fazem. Porquê não posso falar a respeito?
A favor do aborto? Não realmente, realmente muito melhor amarrar um filho dentro de um saco plástico e deixar que os lixeiros cuidem do resto.
Vale mesmo a pena destruir a vida de um bastardinho?
Com sorte, ou azar, ele pode crescer...

- Eu te tirei da merda!
Nenhuma alma caridosa que te encontrou no lixo diria isso. Diria?

Dependentes químicos? Má influência, dane-se o fato dele ter um coração e uma vida por trás do sofrimento.
Apenas não servem de companhia.
Ele usa drogas, mas e a bagagem que carrega as costas?
Ele não trabalha, já parou pra pensar em motivos?
Talvez nem todos sejam vagabundos...
Talvez nem todos sejam rebeldes sem causa.
Apenas aprendi a enxergar o que parece errado a sociedade com outros olhos.

Nada justifica certos comportamentos, mas as vezes você pode fazer florescer maus sentimentos, ingratidão, cultivando da maneira errada.
De choques elétricos em seu cachorro, talvez um dia ele arranque sua cabeça com uma única mordida.
Tudo tem seu preço. A aparência de uma vida perfeita mesmo sem a mãe verdadeira também. Pode ser alto e destruir o que você é. Deixar sequelas.

Te amo. Te odeio. Considere-se uma pessoa sortuda.

Saudade de quando fico longe de você.
Saudade de longe de casa.

Alter-ego: Isabel Forti
31/10/2009